O nigeriano tinha 55 anos; ele foi o primeiro curador africano da Documenta de Kassel, considerado o evento mais importante do mundo das artes

  Morreu nesta sexta-feira (15), aos 55 anos, o curador de arte e pesquisador Okwui Enwezor — ele foi o primeiro curador africano da Documenta de Kassel, considerada uma das maiores e importantes exposições de arte moderna e contemporânea, e ocorre a cada cinco anos na cidade de Kassel, na Alemanha.

A porta-voz da Haus der Kunst (museu de arte moderna e contemporânea em Munique) confirmou a morte de Enwezor, que foi diretor da instituição e se afastou no ano passado por problemas de saúde. "Nos encheu de alegria e orgulho acompanhar a sua trajetória como diretor e ver a sua visão de excelência de arte se transformar em realidade. O nome de Okwui Enwezor significa a convicção de que o desenvolvimento das linhas de arte contemporânea são globais, e não podem ser limitadas por fronteiras geográficas", disse a direção do museu em comunicado em seu site.

Nascido em Kalaba, da Nigéria, em 1963, o curador estudou Ciência Política nos Estados Unidos e entrou para o mundo das artes nos anos 1990, ao fundar uma revista focada na arte africana.

Além da Documenta de Kassel, ele foi curador de projetos como a Bienal de Veneza e a Bienal de Joanesburgo.