Categoria 1 | Diego Crux e Gian Spina
De modo geral, o trabalho tem como disparador a palavra-lugar "calabouço" que tem sobreposições de seus significados presentes nas penumbras de uma casa de tortura no período colonial, num restaurante estudantil cenário do assassinato de um jovem racializado durante a ditadura militar, nas atualizações dessas tecnologias de violência e nas semelhanças em suas práticas no presente. É uma colagem audiovisual que traz uma série de anotações visuais sobre a memória de um lugar que se desloca e se expande reprimido e recalcado em sem-nomes no presente e em arranjos de um futuro.
Diego Crux
Título | Calabouço e os arrasamentos quando morro, 2020 |
Artista |
Diego Crux e Gian Spina |
Técnica |
vídeo, cor, 16:9 |
Duração / Tamanho |
19’15’’ |
Aquisição | Prêmio 67o Salão Paranaense |
No de Registro | 2021/1819 |
Diego Crux, quase-artista nascido no bairro de Parada de Taipas, São Paulo, pesquisa convocações íntimas e pessoais, vivências coletivas, representação, identidade e limites, incógnitas e contradições nesses cruzamentos. Usa variados meios como a fotografia, vídeo, design, samples visuais, palavra. Pensa a elaboração de imaginários, tensionando e revisando o contexto hegemônico. Participou de exposições e mostras em São Paulo, Curitiba, Accra (Gana) e Copenhague (Dinamarca). Foi residente no Ciclo III Pivô Pesquisa 2020 com acompanhamento de Thiago de Paula Souza.
Gian Spina é artista visual e escritor. Participou de uma série de residências e exposições, entre elas Capacete-Atenas junto à Documenta 14 e Spring Sessions, na Jordânia. Trabalhou como professor em projetos pedagógicos, como a Academia de Belas Artes em Ramallah, Palestina, e CILAS, na Alexandria, Egito. Atualmente vive no Cairo onde desenvolve sua pesquisa sobre a materialização do poder na esfera pública e coordena o grupo de pesquisa Arab-Latina no Cairo Institute for Liberal Arts and Science, Egito.