Categoria 1 | Maria Macêdo
Caminho reverso para a cura do avesso. Ação/oração/devoção silenciosa para os corpos que permanecem vivos, mas invisíveis. Uma procissão de desejos gestados no útero nos pés em contato com o trato da terra. Rumo controverso da promessa de salvação da urbes. O caminho de volta em devoção com a terra.
Cruzamento de terra com asfalto. Encontro com a memória, benzimento das quatro. O asfalto não vai salvar ninguém.
Ação que fala sobre os processos de retirada dos corpos interioranos/nordestinos, atrelados a aspectos históricos da historiografia cearense. A migração de volta para casa, e a afirmação do reconhecimento de outras centralidades como solo fértil para a existência.
Maria Macêdo.
Título |
Procissão para os corpos que não morreram, 2020 |
Artista | Maria Macedo |
Técnica |
Vídeo performance/video arte |
Duração / Tamanho | 3'30'' |
Aquisição | Prêmio 67o Salão Paranaense |
No de Registro | 2021/ 1821 |
Maria Macêdo
Artista/Educadora/Pesquisadora/Atuante/Cantadeira do Cariri Cearense. Licenciada em Artes Visuais e mestranda em Educação/URCA, co-líder do Grupo de Pesquisa Novos Ziriguiduns (Inter)Nacionais Gerados na Arte-NZINGA. Artista residente no Laboratório de Artes Visuais Porto Iracema das Artes (2020/2021). Integra ajuntamentos artísticos, e é integrada pela mata fechada. Evocando a força ancestral e ficcional da vida no campo, encontra nas vivências na terra o caminho que guia o seu fazer artístico enquanto artista agricultora retirante fertilizadora de imagens.